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A Medicina Integrativa
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Na última segunda (23/01), foi o Dia Internacional da Medicina Integrativa. E a gente resolveu trazer uma pauta bem legal para vocês lerem, refletirem e aplicarem.
Ih, “medicina integrativa”. Lá vem o papo de coach da medicina! Nem vem com essa de mostrar conteúdo sem embasamento científico!
Engana-se quem pensa que medicina integrativa é isso. Na verdade, apesar de tal prática médica ser mal vista por alguns, trata-se de uma abordagem extremamente relevante, pois atua, entre outros pontos, na qualidade de vida e na prevenção de procedimentos invasivos.
O que é a Medicina Integrativa?🤔
A medicina integrativa é uma abordagem que visa cuidar dos pacientes com um olhar além da doença, ou seja, busca-se entender a relação da individualidade de cada paciente com as suas repercussões clínicas e estilo de vida.
Tal abordagem surgiu no fim dos anos 80 nos Estados Unidos, unindo conhecimentos da medicina convencional com terapias complementares ou alternativas, cuja segurança e eficácia tenham sido cientificamente provadas. Isso quer dizer que medicina integrativa é baseada em evidências, sim, desde a sua origem!
A prática integrativa da medicina propõe que a saúde não se resume ao bem-estar físico, mas também engloba aspectos: mentais, emocionais, sociais, familiares e espirituais. De fato, tais componentes humanos são indissociáveis na saúde dos pacientes.
Além disso, o foco da medicina integrativa é tão preventivo quanto curativo, o que propicia papel importante dentro da atenção básica do Sistema Único de Saúde.
E eu com isso?💡
Já pensou ter aula sobre medicina integrativa na faculdade?
Imagine ter, durante a primeira aula de semiologia médica, sua professora ensinando a fazer uma anamnese que investiga não só os sintomas e a queixa principal, mas também traça um inquérito sobre hábitos alimentares, suplementação, exercícios físicos, sono, relações sociais/familiares e até mesmo sobre a espiritualidade. Impensável?
Talvez isso não seja realidade para 99% dos estudantes de medicina. Mas, cá entre nós, às vezes o estilo de vida é mais importante que o tratamento farmacológico (alopático), certo? Portanto, você e a medicina integrativa tem tudo a ver, uma vez que essa prática visa cuidar por completo dos pacientes.
Além disso, a abordagem é, desde 2006, realidade no SUS. Isso se deu pela criação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC)
Que tal ir além?✈️
Muito se fala sobre a importância da empatia na prática médica. Mas será que nós, profissionais da arte do cuidar, exercitamos mesmo nossa capacidade de se colocar no lugar do paciente?
A medicina integrativa é uma abordagem que propõe a nós, médicos e estudantes de medicina, um posicionamento humanizado, isto é, uma visão do ser humano não somente como um emaranhado de sinais e sintomas.
No paciente, há uma vida que ama (e é amada), sofre, questiona e que tem seus próprios valores! Todos esses pontos interferem na saúde.
Amor pela medicina é, acima de tudo, amor pela vida.
E principalmente: a cura vem através do amor. 💛
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