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🗞️ atualidades

Diabetes tipo 5: o invisível que (agora) tem nome 

Em abril de 2025, a Federação Internacional de Diabetes (IDF) reconheceu oficialmente uma nova forma da doença: o diabetes tipo 5. A condição, embora descrita há quase 70 anos, ainda era pouco compreendida e, muitas vezes, confundida com o tipo 1. Mas há diferenças importantes — e agora elas ganham mais visibilidade (finalmente!).

O tipo 5 não surge por excesso, mas por falta. Ele está associado à desnutrição severa, especialmente durante a gestação e a infância, e afeta predominantemente homens jovens, muito magros, com IMC abaixo de 19. 

Estima-se que entre 20 e 25 milhões de pessoas no mundo convivam com esse tipo de diabetes, especialmente em países da Ásia, da África e em áreas de vulnerabilidade.

Ao contrário do tipo 1 (de origem autoimune), o tipo 5 envolve menor formação de células beta pancreáticas — o que resulta em uma secreção de insulina ainda presente, mas insuficiente para o controle glicêmico. A produção residual de insulina impede, por exemplo, complicações como a cetoacidose, o que torna o quadro clínico mais sutil.

O diagnóstico exige atenção: anticorpos negativos e peptídeo C detectável ajudam a diferenciar o tipo 5 do tipo 1. Mas o ponto mais importante está no tratamento: além da insulina, é fundamental uma reabilitação nutricional robusta, com foco em proteínas, micronutrientes e eletrólitos.

O reconhecimento feito pela IDF no Congresso Mundial de Diabetes (Bangkok, 2025) também abriu espaço para o desenvolvimento de diretrizes específicas e um grupo de trabalho global sobre o tema. Aqui no Brasil, ainda não há dados precisos, mas a subnotificação é provável. Fica o alerta: talvez você já tenha atendido um paciente com diabetes tipo 5 sem saber.

🩺 especialidade

Psiquiatria: cabeça, coração e ciência

Se existe uma especialidade onde o silêncio fala alto, os olhos contam histórias e o tempo se dobra para escutar... essa é a psiquiatria. Muita gente ainda associa o psiquiatra ao "médico da loucura", mas quem escolhe essa área logo percebe que está muito mais perto do humano do que do estereótipo.

É uma especialidade com nuances profundas: na infância e adolescência, por exemplo, o desafio está em interpretar sinais que às vezes vêm em forma de desenho, comportamento ou silêncio. Ansiedade, TDAH, autismo e depressão em jovens exigem escuta sensível e intervenções precoces — uma arte que equilibra cuidado e ciência.

Na outra ponta da vida, a psicogeriatria se debruça sobre memórias que se apagam devagar, mudanças sutis no afeto, na cognição e no comportamento. Aqui, o psiquiatra se torna ponte entre a biologia do envelhecimento e o respeito pela história que o idoso carrega.

E tem mais: psiquiatria é neurociência, farmacologia, psicoterapia, medicina de precisão. É estudar lítio, mas também o que sustenta a esperança em dias difíceis. É acompanhar pessoas por anos ou mudar rumos em uma única consulta.

Mais do que diagnosticar transtornos, o psiquiatra ajuda a reconstruir narrativas. E, no fim, talvez o segredo não esteja só no DSM ou nos manuais, mas na capacidade de se fazer presença — com escuta, técnica e alma.

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📰 rapidinhas

🖥️ novo funcionamento. Governo anuncia proibição do EAD em cursos de Medicina, Direito, Enfermagem e outros.

🩺 edital fresquinho. inscrições para segunda etapa do Revalida 2025 começam em 9 de junho.

🦟 crianças vítimas da Zika. INSS vai pagar R$ 60 mil para 1,8 mil pessoas até o fim de 2025.

🇧🇷 brasil

Morre uma das siamesas separadas em Goiás

Uma das siamesas de São Paulo que foram separadas no Hospital Estadual da Crianã e do Adolescente, na capital goiana, faleceu. As meninas Kiraz e Aruna de 1 ano e seis meses eram ligadas pelo tórax, abdômen e bacia.

As gêmeas foram submetidas a cirurgia de separação no dia 10 de maio, em um procedimento que durou cerca de 19 horas e terminou no dia 11. A cirurgia teve a participação de 16 especialistas e uma equipe multidisciplinar de 50 profissionais. A preparação para o procedimento iniciou há 6 meses, quando foi realizada a primeira cirurgia de pré-separação, em que as meninas receberam expansores de pele.

O procedimento foi considerado de alta complexidade, tendo um custo superior a R$ 2 milhões e foi totalmente custeada pelo SUS.

🌍 mundo

EUA aprova primeiro exame de sangue para diagnóstico de Alzheimer

Os Estados Unidos aprovaram o primeiro exame de sangue destinado ao diagnóstico de Alzheimer. O teste mede a proporção de duas proteínas relacionadas à doença e deve contribuir para que os pacientes iniciem o tratamento mais cedo, obtendo melhores resultados.

O teste desenvolvido pela empresa japonesa Fujirebio Diagnostics é destinado a pacientes adultos, com 55 anos ou mais, que apresentem sinais e sintomas da doença. A aprovação da Food and Drug Administration (FDA) foi dada no dia 16 de maio.

O novo exame de sangue é a opção menos invasiva disponível, capaz de medir as proteínas pTau217 e β-amiloide 1-42, encontradas no plasma humano, e calcula os níveis delas. O resultado revela a presença ou ausência de placas amiloides no cérebro do paciente, reduzindo a necessidade do exame PET.

No estudo clínico que avaliou a eficácia do exame, 91,7% dos indivíduos com resultados positivos para a razão das duas proteínas também tiveram as placas amiloides identificadas no exame PET ou no exame de punção lombar.

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