Faculdade de medicina e saúde mental

Faculdade de medicina e saúde mental

carreira

Ser responsável por vidas tem um peso enorme. Somado a isso, muitos médicos se submetem a rotinas de trabalho extenuantes que podem comprometer, e muito, a saúde mental.

Não à toa, é difícil encontrar um médico que não tenha um “CID” psiquiátrico.

Em uma entrevista feita com médicos americanos (Medscape Physician Lifestyle & Happiness Report), 46% dos médicos disseram ter sofrido com burnout em algum momento da sua carreira.

Já um levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM), com 7,7 mil médicos, revelou que 44% deles sofriam de depressão ou ansiedade. Outros 57% apresentavam estafa e desânimo. Em relação à população geral, a prevalência de distúrbios psíquicos entre médicos é quase 11 pontos percentuais maior.

A melhor medida profilática para os transtornos mentais nos médicos começa na graduação. Você que é estudante ou recém-formado, deve começar a se cuidar agora.

Competição excessiva 🥊

Nas faculdades de medicina é comum notar um estímulo à competição. Assim, turmas inteiras entram em conflitos em busca do melhor rendimento acadêmico.

E, com isso, o olhar do estudante pode deixar, pouco a pouco, de se voltar para o paciente, priorizando a nota que aparece no boletim. Embarcando nessa, muitos comprometem a saúde mental antes mesmo de ser médico(a).

Ambiente hostil 🥵

O estudante de medicina (principalmente o interno) é “saco de pancadas” de preceptores e residentes. Infelizmente, não é incomum observar humilhações e até mesmo assédios ao longo da graduação. Essa situação hostil faz com que a saúde mental dos estudantes piore ainda mais.

O que fazer? 💡

A solução: não espere a transformação, seja a transformação. De fato, o básico bem feito funciona e funciona muito bem quando o quesito é saúde mental.

Por isso, procure ter uma rotina organizada em que haja tempo para você descansar completamente. Procure dormir bem, se alimentar de forma saudável, praticar atividades físicas regularmente, ter relações verdadeiras e, principalmente, não deixe de lado a sua essência.

Assim, se você sente que uma coisa não faz sentido, diga. Guardar sentimentos ou dizer “sim” quando se quer falar “não” são coisas que corroem a saúde mental.

Além disso, entenda que compaixão se trata de respeitar a dor do paciente; por outro lado, empatia em excesso pode se tornar sofrimento pela dor do outro - tenha cautela com isso. Se for necessário, sempre busque ajuda profissional.

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