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Inteligência Artificial na prestação de cuidados da saúde 🧑💻
tecnologia por Fabiano Filho

Já estamos vivendo a era da interação entre médicos e pacientes com sistemas de inteligência artificial (IA) e aprendizado de máquina (ML).
Com certeza você já ouviu falar do ChatGPT, plataforma que popularizou o que já tem sido aplicado em diversas áreas da saúde, abrangendo desde prontuários eletrônicos até o processamento de imagens diagnósticas e suporte à decisão clínica.
E de fato, inúmeras publicações científicas apontam que a IA pode personalizar e melhorar os cuidados centrados no paciente. Porém, também pode introduzir erros e vieses se usada sem a compreensão adequada de suas limitações.
O uso seguro e ético ⚕️
É fundamental que a IA seja usada como "inteligência aumentada" para apoiar, e não substituir, a decisão humana. Os efeitos desse uso ainda não são totalmente conhecidos, já que há uma necessidade urgente de mais pesquisas para avaliar os riscos e efeitos da IA na qualidade dos cuidados, disparidades de saúde, segurança do paciente, custos de saúde e bem-estar dos médicos.
Além disso, recursos educacionais abrangentes são essenciais para ajudar os médicos a entender e integrar a tecnologia de IA nos sistemas existentes. Seguindo essa linha, o colégio americano de médicos recomendou que as tecnologias guiadas por IA complementem, e não substituam, a lógica e a tomada de decisões dos médicos.
O desenvolvimento e uso da IA devem estar alinhados com princípios de ética médica, e a transparência no uso da IA é fundamental para promover a confiança na relação médico-paciente.
A implementação da IA 🖥️
O governo tem um papel importante nisso: uma estratégia federal coordenada é necessária para supervisionar o desenvolvimento, implantação e uso de ferramentas de IA, garantir a aplicação de políticas e relatar eventos adversos.
A privacidade e confidencialidade dos dados devem ser priorizadas, e a segurança e eficácia clínica, bem como a equidade em saúde, devem ser prioridades no desenvolvimento e uso da IA. Além disso, a IA deve reduzir, e não exacerbar, as disparidades de saúde, com os desenvolvedores sendo responsabilizados pelo desempenho de seus modelos.
A IA deve ser projetada para reduzir a carga de trabalho dos médicos, e o treinamento sobre IA deve ser fornecido em todos os níveis da educação médica.
Por fim, os impactos ambientais da IA devem ser estudados e considerados ao longo de todo o ciclo de vida da tecnologia. Com essas recomendações, o uso de IA na saúde deve maximizar os benefícios e minimizar os danos aos pacientes, mantendo a ética médica e melhorando a qualidade do atendimento.
Fabiano Filho é médico especialista em ciência de dados. Atualmente é Head de Medical AI na Neomed.tech e doutorando em Machine Learning pela Faculdade de Saúde Publica da USP. Para saber mais sobre o seu trabalho, clique aqui.
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