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edição #274 | mais médicas do que médicos

como está o retrato da medicina no Brasil?

edição #274

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🗞️ atualidades

Medicina em números: o retrato atual da profissão no Brasil 

por Dr. João Carvalho e amo medicina

Reprodução Unsplash

Você já se perguntou como está o cenário médico no Brasil em 2025? A mais recente edição da Demografia Médica, elaborada pela FMUSP em parceria com o Ministério da Saúde e a AMB, traz insights que merecem nossa atenção.

Mulheres na liderança 👩‍⚕️

Pela primeira vez, as mulheres representam a maioria entre os médicos no país, totalizando 50,9% da força de trabalho médica. Essa tendência de feminização da medicina vem se consolidando ao longo dos anos e promete continuar crescendo .

Especialistas vs. Generalistas🏥

Atualmente, 59,1% dos médicos possuem título de especialista, enquanto 40,9% atuam como generalistas. No entanto, a distribuição desses profissionais é desigual: estados como o Distrito Federal e o Rio Grande do Sul concentram mais especialistas, enquanto Rondônia e Piauí apresentam menor proporção .

Desigualdades regionais persistem 🌍

Apesar do aumento no número total de médicos — com previsão de 635.706 profissionais até o final de 2025 —, a distribuição regional ainda é desigual. O Sudeste possui uma média de 3,77 médicos por mil habitantes, enquanto o Norte conta com apenas 1,7. Além disso, 58% dos médicos atuam nas capitais, deixando o interior com menor cobertura .

Rede privada em destaque 🏥 

A maioria dos especialistas está concentrada na rede privada, o que evidencia uma disparidade no acesso à saúde entre os usuários do SUS e os de planos de saúde. Essa concentração impacta diretamente na oferta de serviços especializados para a população .

Olhando para o futuro 📈 

Projeções indicam que, até 2035, o Brasil poderá contar com mais de 1,15 milhão de médicos, alcançando uma média de 5,2 profissionais por mil habitantes. No entanto, sem políticas eficazes de distribuição e fixação de médicos em áreas carentes, as desigualdades tendem a persistir .

Esses dados nos convidam a refletir sobre os desafios e oportunidades na medicina brasileira. Como futuros profissionais, é essencial estarmos atentos a essas tendências para contribuir com um sistema de saúde mais equitativo e eficiente.

🩺 especialidade destaque de hoje

Anestesiologia 4.0: como a tecnologia está transformando a especialidade

Reprodução Unsplash

A anestesiologia é uma especialidade médica fundamental que vai muito além da administração de anestésicos durante procedimentos cirúrgicos. 

Ela abrange o cuidado integral do paciente no período perioperatório, incluindo o pré-operatório, intraoperatório e pós-operatório, além de atuar no controle da dor aguda e crônica, medicina intensiva e cuidados paliativos.

Para se tornar anestesiologista no Brasil, o médico deve completar:

  1. Graduação em Medicina: 6 anos de formação.

  2. Residência Médica em Anestesiologia: 3 anos de treinamento prático e teórico. Durante esse período, o residente realiza no mínimo 1.200 atos anestésicos e é submetido a 15 avaliações formais.

Segundo a edição mais recente da Demografia Médica no Brasil, publicada em 2023, há 25.484 anestesiologistas registrados no país, representando 4,7% do total de médicos especialistas. A Anestesiologia é a quinta especialidade com maior número de profissionais no Brasil.

Inovações e Tendências 🔬

1. Medicina Perioperatória Integrada

Inclui avaliações pré-operatórias detalhadas, otimização do estado clínico do paciente antes da cirurgia e acompanhamento pós-operatório, visando reduzir complicações e melhorar a recuperação.  

2. Tecnologia e Monitoramento Avançado

O uso de tecnologias como inteligência artificial e aprendizado de máquina está sendo explorado para prever respostas anestésicas e ajustar doses em tempo real. Além disso, sistemas de monitoramento avançado permitem uma vigilância mais precisa das funções vitais durante procedimentos complexos.

3. Anestesia Personalizada

A farmacogenômica está permitindo a personalização da anestesia com base no perfil genético do paciente, aumentando a eficácia e reduzindo riscos de reações adversas.

A constante incorporação de novas tecnologias e a ampliação das áreas de atuação colocam o anestesiologista como um profissional central no cuidado integral do paciente.

Para estudantes de medicina e profissionais interessados, a anestesiologia oferece uma carreira desafiadora, com oportunidades em diversas áreas clínicas e um papel crucial na segurança e bem-estar dos pacientes.

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foi pensando na realidade de médicos recém formados e estudantes de medicina, que cobram por respostas, mas não conseguem ter certeza na decisão da especialidade médica, que o med escolha foi criado

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🇧🇷 notícias brasil

SUS aprova uso de uma parte da placenta como curativo para tratar queimaduras

Reprodução Unsplash

Em uma cirurgia no Hospital das Clínicas de São Paulo, os médicos utilizaram um curativo biológico para cobrir uma queimadura de um homem de 42 anos que sofreu uma descarga elétrica. O material usado é uma membrana retirada da placenta de mulheres que deram à luz. O curativo dura até 14 dias e tem propriedades que aceleram a cicatrização.

A membrana amniótica fica na parte interna da placenta, em contato com o bebê e pode ser retirada após o parto com o consentimento da mãe. Ela é fina, mas resistente e flexível. Isso permite que o curativo seja usado em qualquer área do corpo, como mãos e rosto, por exemplo, sem sair do lugar.

A técnica já é usada em vários países há décadas, mas só era autorizada no Brasil para pesquisa. Agora, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do SUS recomendou a adoção desses curativos nos hospitais do país. Os curativos biológicos armazenados em um banco de tecidos vinham sendo usados apenas em situações específicas, mas agora, os médicos dizem que vai ser possível ampliar em até 4 vezes os estoques de membrana amniótica.

🌍 notícias mundo

“Canetas emagrecedoras” podem afetar eficácia da pílula anticoncepcional, alerta Reino Unido

Reprodução CNN Brasil

A Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido (MHRA) emitiu um alerta nesta quinta-feira (5) para mulheres que fazem uso dos remédios análogos de GLP-1, como Ozempic, Wegovy e Mounjaro. A autoridade reforça que as pacientes devem “usar contracepção eficaz enquanto estiverem usando esses medicamentos e, em alguns casos, por até dois meses após interromper o uso antes de tentar engravidar”. E cita que, no caso do Mounjaro, o fármaco pode diminuir a eficácia da pílula oral.

A MHRA explica que a importância da contracepção é porque os medicamentos não devem ser usados durante a gravidez, enquanto se tenta uma gestação ou durante a amamentação. Segundo a agência, não há dados suficientes sobre a segurança dos fármacos para a gestante ou para o bebê.

Pesquisadores explicam que estudos com animais apontaram para um risco de malformações fetais durante o uso dos remédios, mas ainda não foram encontrados casos em humanos. O alerta da MHRA vem em meio a diversos relatos de mulheres nas redes sociais com a hashtag "#OzempicBaby.

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