o que você vai ler hoje:

Nota de luto 🥀 

O Conselho Federal de Medicina manifestou publicamente o seu repúdio a um caso de violência registrado contra médicos no país. Na manhã de terça-feira (10), a geriatra Gisele Mendes, superintendente de saúde do Hospital Naval Marcílio Dias, na Zona Norte do Rio de Janeiro, morreu após ser atingida por um tiro na cabeça enquanto trabalhava na unidade.

De acordo com a Marinha, a médica militar foi atingida no hospital durante uma operação policial na região. O CFM cobra do Estado uma investigação rigorosa para esclarecer as circunstâncias do ocorrido.

Toda a comunidade médica manifesta seu imenso pesar e solidariedade aos familiares e amigos da médica Gisele Mendes que atuava no compromisso de defesa da saúde.

O dia a dia do médico residente 🩺

carreira

A rotina de um médico residente é um verdadeiro teste de resiliência e determinação. 

Intensa, cheia de responsabilidades, mas também repleta de aprendizado, essa fase forma especialistas prontos para enfrentar as complexidades da prática médica. 

Vamos explorar como é a vida por trás do jaleco nessa etapa crucial da carreira.

Trabalho e estudo em alta rotação ⚙️

Na residência médica, não há divisão clara entre teoria e prática: as duas caminham lado a lado. 

Durante o dia, o residente realiza atendimentos, participa de cirurgias, discute casos e aprende na prática com médicos preceptores.

À noite, ele se dedica ao estudo, prepara apresentações ou revisa artigos. Por lei, a carga horária máxima dos residentes no Brasil é de 60 horas semanais. No entanto, na prática, tal valor acaba sendo ultrapassado com certa frequência…

Hierarquia e aprendizado contínuo 🩻

O residente atua sob supervisão direta dos preceptores, médicos experientes que não só avaliam suas habilidades, mas também oferecem mentoria.

Esse aprendizado no dia a dia é enriquecido por provas regulares, muitas vezes trimestrais ou semestrais, que avaliam o progresso dos residentes e os preparam para a atuação na especialidade.

Avanços na residência 🚀

Nos últimos anos, o avanço tecnológico tem impactado diretamente a formação médica. Aplicativos como Medscape ajudam os residentes a acessar informações rapidamente, enquanto simuladores de realidade aumentada permitem treinar procedimentos complexos com segurança.

Além disso, a Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) tem buscado priorizar um equilíbrio entre carga horária e saúde mental, promovendo um ambiente de trabalho mais sustentável.

A linha de chegada 🏁

Apesar dos desafios, a residência é temporária e extremamente recompensadora. No final, o médico não só domina sua especialidade como também desenvolve habilidades emocionais, como resiliência, comunicação e empatia.

Para muitos, essa etapa é como uma maratona: difícil, mas com uma vitória que transforma toda a carreira. Afinal, a residência não é só sobre o trabalho no hospital, mas sobre se tornar o profissional que sempre sonhou ser. 

Endocrinologia: equilíbrio hormonal e saúde integral 🧬

especialidade por med escolha

Que tal entender sobre hormônios e glândulas endócrinas, que desempenham um papel fundamental na regulação de várias funções corporais, como metabolismo, crescimento, desenvolvimento e reprodução?

Do diagnóstico ao tratamento de condições como diabetes, obesidade, distúrbios da tireoide e disfunções hormonais, o endocrinologista atua para manter o equilíbrio hormonal e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Dados importantes 📊

Segundo os dados da Demografia Médica de 2023, o Brasil conta com mais de 6.700 endocrinologistas, distribuídos principalmente nos grandes centros urbanos. 

No que diz respeito à distribuição de gênero, observa-se que a endocrinologia é uma especialidade com forte presença feminina, o que reflete uma mudança gradual no perfil dos especialistas ao longo dos anos.

Para se tornar endocrinologista, é necessário completar a residência médica em Clínica Médica, com duração de dois anos. 

Após isso, o médico pode optar pela subespecialização em Endocrinologia e Metabologia, que dura mais dois anos.

Habilidades essenciais 🔬

• Atenção aos detalhes: a área lida com condições que podem ter sintomas sutis e que necessitam de acompanhamento rigoroso de exames laboratoriais e de imagem.

• Capacidade analítica: é necessário interpretar exames laboratoriais e entender como as disfunções hormonais se manifestam no corpo. Tal competência ajuda a diagnosticar com precisão e tratar de maneira individualizada.

• Paciência: muitos pacientes de endocrinologia enfrentam condições crônicas, como diabetes e obesidade, que requerem mudanças no estilo de vida e monitoramento a longo prazo. 

A rotina do endócrino 💼

A rotina de um endocrinologista varia entre atendimento ambulatorial e acompanhamento hospitalar, onde o profissional atende pacientes com condições complexas, como cetoacidose diabética e emergências tireoidianas.

No consultório, o endocrinologista realiza avaliações, ajusta medicações e orienta os pacientes sobre controle e prevenção de doenças metabólicas e hormonais.

Alguns endocrinologistas atuam em centros de pesquisa, desenvolvendo estudos sobre novos tratamentos e avanços na medicina metabólica.

Motivos para seguir a especialidade 🌍

A endocrinologia é uma área altamente gratificante para médicos que buscam compreender a complexidade do corpo humano e suas regulações. 

Com alta demanda, especialmente em regiões com menos acesso a serviços de saúde especializados, a endocrinologia oferece uma carreira promissora e com grande impacto na vida dos pacientes. 

Essa especialidade é ideal para médicos que buscam uma prática clínica aprofundada e que valorizam o acompanhamento de longo prazo com seus pacientes, promovendo saúde e bem-estar através do equilíbrio hormonal.

Tarefa para o fim do ano: sonhar mais 💤 

saúde mental

Para aproveitar tudo o que o lado bom da vida tem a nos oferecer, temos que abrir espaço na agenda para desacelerar, descansar e… sonhar. Segundo a neurocientista e psiquiatra Natália Mota, os sonhos são essenciais para regulação emocional, separando informação e emoção na nossa mente.

Relembrar aquilo que sonhamos, seja compartilhando com amigos ou escrevendo em um diário, faz com que possamos aprender com o que vivemos quando estamos acordados. Os sonhos são importantes para:

• processar emoções

• transformar a dor em aprendizado

• refletir a realidade, ajudando a lidar com ela

• promover autoconhecimento

Através dos sonhos, também aprendemos a nos relacionar melhor na vida acordada. Eles funcionam como uma espécie de treinamento de habilidades sociais e nos ajudam a projetar o futuro. Quando você deixa as preocupações de lado, a mente se sente livre para criar ou simplesmente descansar.

A dica de hoje é o livro do mestre zen-budista Haemin Sunim: As coisas que você só vê quando desacelera. Você tem se permitido sonhar?

rapidinhas do amo 🗞️

🧠 hemorragia cerebral. Jamie Foxx fala pela 1ª vez de doença misteriosa: 'Esqueci de 20 dias'.

🏥 minimamente invasiva. cirurgia por videolaparoscopia é incorporada ao SUS para tratamento de câncer.

💛 linfomas. parceria inédita da USP com instituto francês mira terapia inovadora contra linfoma cerebral.

Sensor que mede pressão intracraniana pode ajudar a reverter quadros de demência 🧠 

brasil

Um sensor acoplado numa espécie de tiara de borracha tem ajudado neurologistas a diagnosticar casos de demência que podem ser revertidos. A técnica é utilizada em um hospital da rede pública e em um asilo de Porto Alegre (RS).

O equipamento monitora a pressão intracraniana e envia em tempo real, via bluetooth, a um tablet ou smartphone. A partir da imagem na tela, é possível descobrir demências reversíveis, ou seja, hidrocefalia de pressão normal.

A médica intensivista e neurossonologista, Carla Rynkowski, explica que “esse sensor nos mostra uma curva que reflete a microexpansão do crânio a cada batimento cardíaco. Mesmo que não possamos perceber esse movimento com a mão, o sensor capta as mínimas variações e dá informações valiosas sobre o estado do cérebro”.

A tecnologia é minimamente invasiva e substitui a forma mais tradicional, que exige a introdução de um cateter via cirurgia.

Leia mais sobre o equipamento clicando aqui.

Estudo analisou anticorpo 93% eficaz contra internação de crianças pequenas 🫁 

mundo

Um novo estudo analisou a eficácia do nirvesimabe, um anticorpo monoclonal contra o vírus sincicial respiratório (VSR), em ciranças pequenas, e mostrou que o medicamento atingiu 93% de eficácia contra a hospitalização associada à infecção.

O objetivo do estudo era entender se os novos medicamentos para prevenção do VSR reduziram as taxas de hospitalização pela infecção em crianças com menos de cinco anos, entre 2023 e 2024. Para isso, os pesquisadores compararam os dados epidemiológicos e a carga de doenças respiratórias agudas associadas ao vírus durante a temporada dos últimso 2 anos em comparação com três temporadas pré-pandêmicas (2017-2020).

Segundo o estudo, o nirvesimab foi 89% eficaz contra doenças respiratórias agudas associadas ao VSR em bebês atendidos por médicos, e 93% eficaz contra hospitalizações pela doença.

Para saber como o estudo foi conduzido, clique aqui.