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O que falta para a boa medicina chegar ao interior? 🤔

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No Brasil, a distribuição de médicos pelo território é um tema de intensos debates. 

O gráfico divulgado na Demografia Médica de 2023 ilustra um contraste alarmante: enquanto há uma concentração significativa de médicos nas capitais e regiões metropolitanas, o interior luta com a escassez. 

Mas qual é a verdadeira solução para que a boa medicina alcance essas regiões?

O Mito de mais escolas de medicina🏫

A resposta pode parecer simples à primeira vista: aumentar o número de escolas de medicina. Porém, a realidade é mais complexa. 

O Brasil já supera os Estados Unidos e a China em número de escolas médicas, e essa abertura intensificada não garante qualidade nem acessibilidade ao cuidado médico. 

A questão não é apenas quantos, mas onde e como os médicos são formados. Para que mais médicos possam atuar nos interiores, uma alternativa é abrir mais faculdades de medicina em tais rincões, possibilitando maior acesso à população. 

Um outro incentivo utilizado por faculdades é oferecer bônus para vestibulandos locais, ou seja, futuros médicos que possuem maior possibilidade de fincarem suas raízes no interior, melhorando a desproporção da assistência.

O ônus sobre os médicos👩‍⚕️👨‍⚕️

Com uma proporção de médicos maior do que países com sistemas de saúde reconhecidos, como Inglaterra, Bélgica e França, o Brasil enfrenta o desafio da fixação desses profissionais nas regiões periféricas.

Colocar a responsabilidade exclusivamente nos ombros dos médicos para se estabelecerem em áreas afastadas ignora as condições muitas vezes desfavoráveis de trabalho.

A criação de uma carreira médica nos moldes das carreiras militares e do Poder Judiciário poderia oferecer a estrutura necessária para que os médicos se estabeleçam no interior. 

Garantir condições de trabalho adequadas também é um passo essencial para melhorar o acesso à saúde nessas áreas.

Políticas de saúde integradas: qualidade e dignidade 🤲

Uma política de saúde que seja integrada e sensível às diferentes realidades regionais é crucial. 

Sem condições de trabalho adequadas, o resultado é um atendimento médico comprometido, com diagnósticos tardios e acesso limitado a tratamentos efetivos.

A qualidade da formação médica também é fundamental. Faculdades sem estrutura adequada, que operam sob sentenças liminares e carecem de insumos básicos, não podem prometer um futuro melhor para a saúde no interior. 

É imperativo que as instituições de ensino médico ofereçam uma formação robusta, com infraestrutura, pesquisa e desenvolvimento.

Mais do que quantidade, assertividade🎯

Para alcançar uma medicina de qualidade no interior do país, não precisamos apenas de mais médicos, mas de uma estratégia que combine educação de qualidade, uma carreira médica estável e condições de trabalho dignas. 

Assim, garantimos a dignidade tanto dos pacientes quanto dos profissionais da saúde, e avançamos em direção a um sistema de saúde verdadeiramente inclusivo e eficaz.

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