- amo medicina
- Posts
- robô faz cirurgia sem ajuda humana
robô faz cirurgia sem ajuda humana
pela primeira vez na história
edição #284
consequência
bom dia ☕️
sua carreira médica começa de verdade no dia em que você entende o seu 'porquê'. o resto é consequência.

na news de hoje:

🗞️ atualidades
De anestésico a aliada da mente: o uso da cetamina nos últimos anos
por Dr. João Carvalho e amo medicina

Reprodução/Unsplash
A cetamina surgiu nos anos 1960 como anestésico de ação rápida; era a prima “segura” da fenciclidina e ganhou fama entre cirurgiões, veteranos de guerra e mergulhadores com doença descompressiva.
Mas, quando psiquiatras perceberam que doses sub-anestésicas reduziam ideação suicida em horas, o fármaco inaugurou a era dos antidepressivos de efeito ultrarrápido — um salto que a FDA (2019) e a Anvisa (2020) materializaram ao aprovar a escetamina intranasal (Spravato®). Hoje, guidelines brasileiras já recomendam o uso para depressão resistente, especialmente quando duas classes tradicionais falham.
Como atua? Bloqueia receptores NMDA, aumenta glutamato sináptico e libera BDNF, favorecendo neuroplasticidade. O alívio pode aparecer na primeira infusão e durar até sete dias, algo impensável para ISRS. Protocolos iniciais pedem 8-12 sessões endovenosas; cada uma custa entre R$ 600 e R$ 1 200. Nada disso está no Rol da ANS, razão pela qual planos de saúde costumam negar cobertura. A Lei 14.454/2022, porém, tornou o Rol “exemplificativo” e abriu margem para litígios; sentenças judiciais já obrigam operadoras a custear o tratamento.
Nos tribunais, pacientes fundamentam pedidos no direito constitucional à saúde e em laudos que atestam falha terapêutica prévia. Advogados citam o princípio da integralidade e a evidência robusta de eficácia; já as operadoras alegam uso off-label, alto preço e ausência de diretriz da ANS. Eticamente, especialistas ponderam riscos de dissociação, abuso e falta de estudos a longo prazo, mas destacam que a alternativa muitas vezes é o desespero suicida.
Lá fora, clínicas de infusão de cetamina se expandem nos EUA e Austrália. Enquanto isso, o debate brasileiro mistura neurociência, economia e jurisprudência — e convida novos médicos a conhecerem protocolos seguros, critérios de elegibilidade e responsabilidades de prescrição.
No fim, cetamina já não cabe apenas no centro cirúrgico: conquistou lugar no arsenal psiquiátrico e, cada vez mais, no repertório jurídico de quem luta por acesso a cuidados mentais inovadores.
a cetamina deixou o centro cirúrgico e entrou na psiquiatria como um antidepressivo de ação ultrarrápida. na sua opinião, qual aspecto mais chama a atenção nesse cenário? |
Faça Login ou Inscrever-se para participar de pesquisas. |

🩺 especialidade destaque de hoje
Pediatria hospitalar x consultório: realidades diferentes

Bastam alguns plantões e poucos meses de agenda para notar que esses dois cenários— apesar de compartilharem estetoscópio e carinho pelo pequeno paciente — pedem habilidades, ritmo e mindset bem diferentes.
Na ala hospitalar, a tomada de decisão é aguda: febre que não cede, taquipneia em UTI neonatal, reanimação em sala de parto. Plantonistas encaram escalas de 12 × 36 h ou 24 h, lidam com alarme de monitor às três da manhã e convivem com alto impacto emocional; por outro lado, veem curva de aprendizado íngreme, casos raros e trabalho em equipe multidisciplinar. Já no consultório, o desafio é acompanhar crescimento, vacinas e orientação parental—é medicina da continuidade, do vínculo de longo prazo e da educação em saúde.
Perfil profissional? No hospital, predomina o/a pediatra que tolera pressão, gosta de protocolos e celebra vitórias rápidas (SatO₂ subindo, lactato caindo). No consultório, prospera quem curte escuta ativa e gestão: agenda, marketing digital, eficiência de convênios.
Procedimentos são igualmente distintos. Na UTI, intubação, punção de acesso central, ventilação de alta frequência; no consultório, avaliação antropométrica, teste do pezinho ampliado, acompanhamento de neurodesenvolvimento. Os limites legais mantêm atos invasivos restritos ao ambiente hospitalar, salvo exceções como pequenas suturas ou coleta de sangue capilar no consultório.
Subespecializações brotam de cada rota:
a partir do hospital: cardiologia, nefro, infecto, emergência;
a partir do consultório: endócrino, adolescência, alergologia;
caminhos híbridos: pneumologia, neurologia, cuidados paliativos.
Rentabilidade reflete o ecossistema. Plantões fixos asseguram renda previsível mas cobram noites em claro; consultório bem estruturado demora a engrenar, porém fideliza famílias e pode ultrapassar essa cifra com particular e telepediatria. Muitos combinam ambos: três plantões semanais + agenda de sexta-feira à tarde garante fluxo de caixa e relacionamento duradouro.
Qualquer escolha pede autoconhecimento: você busca adrenalina do alarme ou o sorriso nas consultas de rotina? Seja qual for a resposta, lembre-se de que pediatria hospitalar e consultório se complementam—e o maior beneficiado sempre será o pequeno paciente.
🔎 med escolha
já parou pra imaginar como será o seu dia a dia ao fazer a escolha errada da sua especialidade?
essa difícil decisão muitas vezes pode ser enviesada por parentes, amigos ou baseada em incertezas e pouca informação. o fato é que quanto a rotina de trabalho bate à porta, o peso de ter feito uma escolha sem segurança impacta no desempenho e satisfação dos profissionais de medicina.
foi pensando na realidade de médicos recém formados e estudantes de medicina, que cobram por respostas, mas não conseguem ter certeza na decisão da especialidade médica, que o med escolha foi criado

💡 dicas do amo

📰 rapidinhas
💉 tecnologias de base hormonal. SUS vai ofertar novos tratamentos para reduzir progressão da endometriose e melhorar qualidade de vida das pacientes.
🏥 violência contra profissionais da saúde. violência contra médicos cresce 68% em 10 anos.

🇧🇷 notícia do brasil
Mulher descobre câncer raro ao ter sintomas de sinusite

Reprodução/G1
Luma Gonçalves foi diagnosticada com carcinoma adenoide cístico, um tipo de tumor que surge nas glândulas salivares e corresponde a apenas 1% de todos os tipos de neoplasias. Um diagnóstico precoce de sinusite, fez com que Luma passasse mais de um ano em tratamentos para aliviar sintomas que eram do câncer raro e agressivo.
Os primeiros sintomas apareceram durante uma viagem e, ao pegar o avião, sentiu uma dor forte dos seios da face e na cabeça. Ao chegar na sua cidade, teve uma dor de cabeça tão forte que desmaiou. Durante os tratamentos que se sucederam, ela teve outros sintomas como dor intensa nos dentes e uma pequena bolha de sangue no céu da boca. Com isso, uma nova tomografia foi solicitada e o diagnóstico veio: carcinoma adenoide cístico em estágio 4.
A cirurgia para retirada do tumor durou quase quatro horas, e o tumor tinha quase 6 centímetros. A partir daí, foi uma corrida contra o tempo. Ela se mudou provisoriamente para São Paulo para começar o tratamento e retirar um segundo tumor. A cirurgia foi agressiva: uma maxilectomia, que exigiu o uso de uma prótese para que ela pudesse falar e comer. Após isso, sessões de radioterapia se iniciaram e agora, Luma busca a remissão da doença.

🌍 notícia do mundo
Pela primeira vez na história, robô faz cirurgia guiado por IA sem qualquer ajuda humana

Reprodução/O Globo
Pela primeira vez, um robô guiado por inteligência artificial realizou de forma autônoma uma cirurgia em tecido humano. A operação, feita na Universidade John Hopkins, nos EUA, foi uma remoção da vesícula biliar, também chamada de colecistectomia.
“Esse avanço nos leva de robôs que conseguem executar tarefas cirúrgicas específicas para robôs que realmente compreendem os procedimentos cirúrgicos. Essa é uma distinção crítica que nos aproxima significativamente de sistemas autônomos cirúrgicos clinicamente viáveis, capazes de atuar na realidade bagunçada e imprevisível do cuidado real com pacientes”, diz Axel Krieger, especialista da universidade responsável pelo projeto, que tem financiamento do governo americano.
O robô foi treiando com vídeos de cirurgias e, durante a operação, respondeu e aprendeu com sugestões de voz da equipe. De acordo com os cientistas, o robô autou com calma durante todos os testes, com a expertise de um cirurgião humano, mesmo diante de cenários inesperados típicos de emergências médicas reais. Ao todos, foram operadas oito vesículas ex vivo, ou seja, de órgãos humanos reais retirados do corpo.

🃏 flashcards
confira a resposta do flashcard anterior e desafie-se com a próxima pergunta!
Quer fazer parte do maior clube de membros de medicina e aproveitar benefícios exclusivos?

🧬amo medicina
somos um hub de conteúdo médico e acompanhamos você em sua jornada na medicina. aqui, você encontra temas essenciais como marketing, finanças, carreira, tecnologia e atualidades do Brasil e do mundo. feito para médicos e estudantes de medicina, entregamos informações valiosas diretamente na sua caixa de entrada, todas as segundas e quintas-feiras, pontualmente às 06h36
🤝 divulgue sua empresa no amo medicina. clique aqui
📱 seja um criador de conteúdo para o instagram do amo. clique aqui
✍ quer ter um conteúdo públicado no amo? clique aqui
🗣️ médico, compartilhe sua trajetória com nossos leitores. clique aqui
🤝 parcerias
👋 nos vemos quinta-feira
vamos chegar na sua caixa de entrada por volta das 06h36. alguns servidores de e-mail são chatos e atrasam um pouco… outros são terríveis e nos colocam no seu spam e/ ou promoções. sempre que não nos encontrar na caixa de entrada, procure nessas duas abas.
Reply