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Saúde mental na residência médica 🩺
setembro amarelo

A jornada do estudante de medicina é uma experiência intensa e desafiadora. As longas horas de trabalho, o contato com os pacientes - muitas vezes com condutas difíceis -, e a angústia para escolher uma especialidade podem desanimar o estudante durante sua formação.
Não é uma surpresa que muitos residentes enfrentem o risco de desenvolver transtornos emocionais ao longo do caminho. A síndrome de burnout é caracterizada por tensão emocional e estresse crônico gerado por condições de trabalho desgastantes - o que é algo bastante condizente com a carreira médica. Some-se a isso o pouco tempo de sono e lazer, além do enfraquecimento das relações sociais e o resultado será, certamente, um corpo e uma mente doentes.
O distúrbio pode acometer o profissional de saúde em todas as fases da carreira, sobretudo médicos mais jovens e residentes. Um estudo publicado no Jornal da Associação Médica Americana (JAMA) apontou que 45% dos residentes R2 nos EUA relataram sintomas de burnout e 14% relataram arrependimento de escolha de carreira. No Brasil, um estudo realizado com 305 residentes demonstrou que 58% relataram sintomas de burnout, 41% de ansiedade e 21% de depressão.
Um relato comum aos médicos jovens é o receio de expressar sentimentos negativos ou estado de exaustão aos seus superiores e colegas, já que 51% sentem que esses sintomas diriam algo negativo sobre seu desempenho profissional. Além disso, 22% dos médicos recém-formados já foram diagnosticados com burnout antes mesmo de iniciarem suas carreiras como especialistas. Isso pode ser explicado pelo ambiente altamente competitivo e de alto risco, sendo propício para o desenvolvimento de sintomas de estresse e ansiedade, como exaustão, despersonalização, sintomas físicos e isolamento social.
Quais medidas podem ajudar? 🧘
É fundamental perceber esses sintomas logo no início, evitando que o profissional afete seu bem-estar pessoal, e tenha impactos negativos na qualidade de atendimento ao paciente. Algumas medidas podem auxiliar a reduzir esses problemas:
Ter apoio institucional
As instituições de ensino médico aos quais os médicos estão vinculados devem fornecer programas de apoio à saúde mental, além de aconselhamento e recursos para auxiliar os profissionais a enfrentarem o estresse.
Ter rede de apoio
Estar com família e amigos parece ser um ótimo antídoto para ajudar os residentes a enfrentar essa fase cheia de pressão. Relações íntimas são um fator de proteção para a saúde mental, enquanto o isolamento e a solidão são estressores importantes nesse processo.
Gerenciar o tempo de trabalho
Trabalhar enquanto se é jovem é muito importante e recompensador, mas gerenciar o tempo pode ajudar a reduzir a sobrecarga de trabalho e proporcionar tempo para o autocuidado.
Praticar o autocuidado
Residentes sentem uma responsabilidade enorme por estarem em preparação constante para iniciar suas carreiras de maneira independente. Mas devem buscar cuidar de sua própria saúde física e mental, como fazer exercícios regularmente, ter horas adequadas de sono e uma dieta saudável, mitigando os efeitos das longas horas de trabalho e dificuldades da rotina.
Comece por você 🥼
Transtornos emocionais são desafios significativos que os estudantes de medicina podem enfrentar, porém, com apoio adequado e conscientização sobre saúde mental é possível reduzir esses problemas para que o futuro médico mantenha um equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal.
É importante garantir sua própria qualidade de vida, o que impactará diretamente na qualidade do atendimento aos seus pacientes.
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