Semaglutida na rede pública de saúde?

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Recentemente, a Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou a criação de um grupo de trabalho para avaliar a inclusão da semaglutida — princípio ativo do Ozempic® — nas Clínicas da Família.

Em bula, o medicamento é usado para controlar os níveis de glicemia, contribuir para a perda de peso e a redução de eventos cardiovasculares.  

Porém, é fundamental observar que medicamentos dessa complexidade não são soluções mágicas. Seu uso exige critérios claros de elegibilidade, acompanhamento clínico rigoroso e uma estrutura de suporte bem definida. 

Afinal, estamos falando de uma droga com potenciais efeitos colaterais, como náuseas e desconfortos gastrointestinais, que podem limitar sua adesão, especialmente em um programa público.

Outro ponto crítico é o custo. A semaglutida é cara (cerca de R$1000 a caixa), e sua inclusão no SUS exige um planejamento financeiro detalhado.  

A adoção da semaglutida na rede pública, se bem estruturada, pode se tornar um marco no tratamento de condições metabólicas no Brasil. 

Mas como toda boa prática médica, requer um equilíbrio cuidadoso entre ciência, planejamento e, acima de tudo, respeito às necessidades de cada paciente.