Ser médico no interior: os benefícios e desafios

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Embora novos cursos de medicina estejam sendo constantemente criados, as regiões interioranas do país continuam enfrentando uma grave falta de profissionais médicos especializados.

Dos 545,4 mil médicos do Brasil, mais da metade está concentrada somente nas capitais. Esta questão não apenas afeta a saúde das comunidades rurais, mas também apresenta tanto desafios quanto oportunidades para os médicos que escolhem trabalhar nessas áreas.

Distribuição desigual de médicos 📊

Segundo a Demografia Médica 2023, a razão de médicos a cada 1.000 habitantes é de 6,13 nas capitais e 1,84 nos interiores.

Essa discrepância é ainda mais acentuada na região Norte, onde as capitais têm 3,16 médicos por 1.000 habitantes, enquanto as áreas metropolitanas e o interior apresentam respectivamente 0,54 e 0,67.

Desafio da infraestrutura 🏥

Embora haja casos de improviso nas capitais, o acesso limitado à infraestrutura médica de qualidade é um dos principais desafios enfrentados pelos médicos no interior.

Por exemplo, em janeiro de 2021, sem UTI, 14 pacientes morreram esperando remoção no interior do AM durante a pandemia da COVID-19. Na época, todos os 61 municípios do interior do Amazonas não tinham sequer um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Salários estratosféricos 💰

Para atrair médicos especializados para áreas interioranas, algumas prefeituras estão oferecendo salários extremamente competitivos.

Por exemplo, em Manicoré, no interior do Amazonas, anestesistas chegam a receber R$ 135 mil para jornadas de 30 dias, enquanto cirurgiões e obstetras recebem remuneração de R$ 114 mil pelo mesmo período.

Impacto social 🫂

Trabalhar como médico no interior também oferece a oportunidade de fazer uma diferença significativa para a sociedade.

Médicos nessas áreas têm a chance de melhorar expressivamente o acesso aos cuidados de saúde e impactar positivamente a qualidade de vida das comunidades interioranas.